Bom, o termo cristão não existia na época do ministério de Jesus. Esse título veio a existir um tempo depois de sua morte e ressurreição.
E ocorreu lá na Antioquia, uma antiga colônia grega, que hoje é chamada de Antáquia, e fica na Turquia.
Vamos Entender Como Tudo Aconteceu
Após o apedrejamento de Estêvão, iniciou -se uma grande perseguição aos seguidores de Cristo, o que fez com que eles se espalhassem entre o Chipre, a Fenícia e a Antioquia.
E esses homens e mulheres continuaram a pregar o evangelho de Cristo nesses lugares, mas somente para os judeus. Eles não falavam de Jesus para os gentios. Porém, na Antioquia, alguns que ali estavam (cipriotas e cirineus), não se limitaram aos judeus, eles pregaram também para os gregos, porque como eu disse, a Antioquia era uma antiga colônia grega.
A mão de Deus estava com eles. E muitos se converteram alí, inclusive Lucas, o médico, pois de acordo com uma antiga tradição, ele era natural de Antioquia e estudiosos dizem que provavelmente foi alí, em Antioquia que Lucas conheceu Barnabé, Paulo e Pedro (Atos 11:19-21) .
O que inspirou essas pessoas a pregarem para os gregos, foi o ocorrido com Cornélio, centurião do exército romano e primeiro gentio a se converter, através da vida de Pedro (Atos 10:1-48).
A Preocupação Dos Judeus
Quando a igreja de Jerusalém ficou sabendo, esse acontecimento os deixou surpresos e podemos dizer, até mesmo bem preocupados. Então, enviaram Barnabé para, digamos assim, “investigar” o que estava acontecendo, porque tratava-se de conversões de gentios, e judeus não se associavam, nem pregavam pra eles.
Para os judeus, gentios eram tidos como impuros, imundos, e como mencionamos acima, o primeiro gentio a se converter foi Cornélio, então ainda era novidade pra eles.
Barnabé, chegando alí, ficou maravilhado com o que viu em Antioquia. Muitos Gentios se convertendo ao Senhor. E ele não ousou manda-los parar, pelo contrário, apoiou e abraçou essa iniciativa, incentivando-os a permanecerem firmes nesse novo caminho. Barnabé era homem de bem e cheio do Espírito Santo e de fé (Atos 11:22-24).
A pregação do evangelho iniciou em Jerusalém, e logo alcançou toda a Judeia e Samaria.
Barnabé Trás Paulo Para Antioquia
Diante dessa circunstância, Barnabé foi a Tarso atrás de Paulo, e o trouxe para que ele também estivesse a frente dessa obra em Antioquia, e por um ano, se reuniram alí com a igreja, e ensinaram a muitos. E a palavra de Deus nos afirma que era numerosa multidão (Atos 11:25,26a).
E o interessante dessa história é que Paulo, esse mesmo que agora se une a Barnabé para liderar e ensinar esse povo, foi o principal responsável por esse acontecimento. Ele consentiu no apedrejamento de Estêvão, obrigando-os a se espalharem, e os perseguindo. Mas graças a Deus, foi encontrado e impedido pelo Senhor na estrada de Damasco. Esse é o poder transformador de Jesus.
E Então Surge o Título Cristão
O sufixo “ão” significa “fazer parte de”; assim, “cristãos” eram os que pertenciam a Cristo.
E foi em Antioquia que os discípulos foram chamados de cristãos pela primeira vez. Eles assemelhavam-se tanto a Jesus Cristo em seu viver e falavam sobre Ele com tanta frequência, que ganharam esse apelido. “CRISTÃO”.
Seus pensamentos e interações foram totalmente dominados e influenciados por Jesus, até o ponto em que seu vocabulário lhes deu esse “apelido”. Uma reputação bem merecida por serem faladores de Cristo.
Um título honrado, mas que iniciou como uma forma de zombaria, de escárnio, e veio das pessoas que não aceitaram o evangelho de Cristo, pois não abriam mão de adorar, prestar culto e fazer suas petições às imagens de seus ídolos, e ao imperador. Eles ridicularizavam os fieis, chamando-os de “cristãos”, na intenção de insultá-los e envergonhá-los.
“O que começou como um apelido tornou-se a forma de identificar aqueles que viviam e se comportavam como Cristo”
O Peso Desse Nome
O uso desse nome gerou grande perseguição, mas Pedro os incentivou a não se envergonharem desse seu direito e a sofrerem por levar o nome “cristão” (1 Pedro 4:12-19).
Para nós que somos seguidores de Jesus, “cristão” é o nosso nome por direito, e nenhum dinheiro, sofrimento ou abuso deve nos fazer comprometer esse nome. Pelo contrário, deve ser fonte de louvor a Deus, porque nos identifica com Cristo e com a bênção da salvação.
Temos a responsabilidade de viver todos os dias para honrar o nome de Jesus e o nome “cristão”
Fp 3:10,11
E essa perseguição perdura até os dias de hoje. Nós, cristãos somos perseguidos, ainda que indiretamente.
Minha mãe passou por diversos momentos de humilhação, de desprezo, depois que entendeu que “há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem” (I Timóteo 2:5), e se aliou ao time dos seus seguidores. Mas não recuou, permaneceu firme, combateu o bom combate, terminou a corrida, guardou a fé (2 Timóteo 4:7).
Esse é o meu conforto, já que minha querida mãezinha agora está com Ele no paraíso, pra onde pretendo ir, se assim como ela, permanecer firme e fiel ao Senhor.
"SER CRISTÃO SIGNIFICA SER UM IMITADOR DE CRISTO"
Então, ser cristão, é entender, aceitar e demonstrar gratidão diariamente, por que Ele deixou seu trono de glória, encarnou, viveu entre nós, ensinando com suas palavras e com seus exemplos. Morreu por nossos pecados, ressuscitou ao terceiro dia, e 40 dias após ter ressuscitado, ascendeu aos céus, com um corpo glorificado, transformado, nos permitindo a partir de então, livre acesso ao pai, através Dele.
Filipenses 2:7-11
Pelo contrário, Ele abriu mão de tudo o que era seu e tomou a natureza de servo, tornando-se assim igual aos seres humanos. E, vivendo a vida comum de um ser humano, Ele foi humilde e obedeceu a Deus até a morte — morte de cruz. Por isso Deus deu a Jesus a mais alta honra e pôs nele o nome que é o mais importante de todos os nomes, para que, em homenagem ao nome de Jesus, todas as criaturas no céu, na terra e no mundo dos mortos, caiam de joelhos e declarem abertamente que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus, o Pai.